Virgindade: virtude ou vergonha?
por Pr. Armando Bispo
“Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra.” (Salmo 119.9)
“Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.” (Provérbios 4:23)
Tudo
tem o seu tempo certo e há um propósito para cada fase da vida de um
ser humano. O Criador fez os seres humanos para vivenciar as diferentes
fases da vida de maneira plena e saudável, parece óbvio que uma criança
não carrega o peso de um adulto, tampouco um adolescente experimenta as
transformações hormonais da menopausa. Assim, cada fase tem sua
peculiaridade e precisa ser respeitada.
Deus
jamais negou a possibilidade de prazer sexual para o ser humano, no
entanto, suas funções orgânicas passam por estágios distintos em que os
estímulos seriam naturais e não forçados pelas aberrações da
pornografia, pela mistura antinatural dos gêneros e pelo barateamento do
orgasmo sem compromisso e sem amor pactual.
Quando
pais inescrupulosos oferecem um trago de bebida ou de fumo para uma
criança, ou ainda, quando cerca a infância de estímulos sensuais,
qualquer pessoa de bom senso repudiaria tais ações. Ainda, quando bebês,
crianças e adolescentes são abusados com ou sem consentimento em nome
da proximidade familiar ou do turismo sexual, logo nos enchemos de
indignação por se tratar de seres “inocentes” que mal controlam suas
emoções, mas logo se tornam objetos da exploração dos que só querem
“ficar”.
Quando
jovenzinhas engravidam antes de curtirem as descobertas da
adolescência, quando envelhecem antes do tempo, por vezes trazendo
sequelas venéreas no corpo abusado pelos que fazem fila de meninas e
meninos sem proteção, soltamos o grito de protesto e indignados,
lamentamos porque não usaram camisinha ao invés de ensiná-los o valor de
dizer “não”.
Num
país onde ser corrupto é moda, ser desonesto é esperteza, virgindade
não tem valor, principalmente se a filha for dos outros. A OMS
(Organização Mundial de Saúde) não divulga a eficácia da abstinência
sexual contra a praga da AIDS que já levou milhares de jovens e deixa
com outros milhares de crianças a herança da contaminação mortal.
Na
década de 80, Uganda, um país africano teve seus índices de AIDS
baixados de quase 30% para 4%, graças a uma campanha que incentivou a
preservação da virgindade antes do casamento e a fidelidade conjugal.
Definitivamente, esta foi a campanha mais bem sucedida, porém, a menos
divulgada por ferir interesses financeiros da indústria e dos
atravessadores do preservativo e por desestimular a tara dos escravos do
prazer.
Virgindade,
aos olhos de Deus, é um tesouro que não pode ser vendido, trocado ou
contrabandeado pela moeda do fútil prazer. Preservar-se para um
relacionamento duradouro, cercado de compromisso e amor pactual que
cresce em valor, dignidade e honra, além de usufruir no contexto do
matrimônio a plenitude do sexo com amor e com a benção de Deus.
Rapazes
e moças podem experimentar no casamento o leito limpo, a brancura da
alma, a presença do Espírito Santo e, como escolha, a legítima
procriação sob as bases de uma família. Para os que já perderam a
virgindade física, resta a esperança no Deus que tudo refaz. Garotas de
programa, jovens e adolescentes que “ficam”, encontram em Jesus o
perdão, a chance de recomeçar dentro de um pacto de pureza sexual até o
casamento. Neste caso, abstinência por escolha é a virgindade da alma
que espera porque ama, respeita e honra o seu próprio corpo.
Como
já testemunhei, não foi fácil pra mim, mas foi possível com a força do
Senhor abster-se para esperar o que de melhor Deus tinha para me
oferecer. Uma esposa, um lar, uma família, dignidade, prazer duradouro e
a certeza da presença abençoadora de Jesus no corpo, na mente, no lar,
na cama e na bandeira que estampa “Em Cristo, ser virgem e ser fiel,
nunca foi e nunca será vergonhoso”.
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fonte:www.atitude434.com/
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